O mercado imobiliário de Fortaleza e Região Metropolitana registrou um crescimento de 25% no volume de vendas de imóveis verticais e horizontais, entre janeiro e outubro de 2024, em comparação ao mesmo período do ano passado. Já o Valor Geral de Vendas (VGV) foi de 6,2 bilhões este ano, registrando um aumento de 27% no período, considerado o melhor ano da história de vendas desde 2006.
Os dados são do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE), divulgados através da Comissão de Pesquisa (CPES) da entidade. Segundo o diretor de estatística do Sinduscon Ceará, Sérgio Macedo, o aumento expressivo se deu, principalmente, pela consciência das construtoras em relação aos lançamentos.
Melhor da história
“Consideramos este o melhor ano da história. Mesmo tendo essa explosão de vendas, foi um ano em que as construtoras tiveram consciência em lançamentos. Isso é, tivemos uma redução nos lançamentos, porém vendemos muito mais que em 2023. Foi um ano que os estoques baixaram, a velocidade de vendas foi altíssima, o VGV bateu recorde”.
Caucaia desponta
O levantamento levou em conta os resultados obtidos nas cidades de Fortaleza, Aquiraz, Caucaia, Eusébio e Maracanaú. Caucaia foi a cidade da RMF que mais surpreendeu a pesquisa. “Foram vendidas quase 2 mil unidades no período e esperamos que passe até o fim do ano. É um número significativo para a cidade, já que Fortaleza, por exemplo, vendia 2,4 mil unidades por ano e vem Caucaia e, praticamente, se iguala ao patamar da Capital”, apontou o diretor.
Considerando apenas Fortaleza, o aumento na venda apenas de apartamentos, alcançou os 20% de alta até novembro de 2024 com a venda de 7.527 unidades, ante 6.285 no mesmo período do ano passado. Porém, o destaque ficou para a RMF com o crescimento de 46%, com 3.385 unidades vendidas, ante 2.322 unidades em 2023.
Expectativas
Para Sérgio Macedo, a expectativa para o próximo ano é de que as vendas continuem expressivas. “Estamos em um patamar diferente de vendas. Esperamos que para 2025 o volume de vendas seja muito alto. Porém, estamos muito vinculados ao financiamento. Caso a taxa Selic suba, é bem provável que o ano de 2025 seja pior que 2024, mas precisamos que o governo faça a parte dele”, explica.