Brasil cresce pelo 4º ano seguido em 2024 e supera expectativa; o 7º dentre 40 países

servicos
O crescimento da indústria e dos serviços foram o destaque no lado da oferta. Na ótica da demanda, todos os componentes registraram variação positiva: consumo das famílias acumulou alta de 4,8% Foto: Divulgação

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,2% no quarto trimestre deste ano em comparação com o terceiro e 3,4% em todo ano de 2024 frente a 2023, informou nesta sexta-feira (7/3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Acima da expectativa

O Ministério do Planejamento e Orçamento avalia que o resultado foi positivo, “o quarto ano de crescimento consecutivo após o auge dos efeitos da pandemia de Covid-19 sobre a economia brasileira e acima das expectativas do mercado do início de 2024”, segundo nota publicada pela Secretaria Executiva.

A ministra Simone Tebet também destacou o bom desempenho da economia no ano passado. “O PIB do Brasil surpreendeu em 2024! Crescimento de 3,4%. Muito acima da projeção do início do ano”, escreveu ela, em publicação na rede social X.

grafico

Setores

“O crescimento da indústria e dos serviços foram o destaque no lado da oferta. Na ótica da demanda, todos os componentes registraram variação positiva: consumo das famílias acumulou alta de 4,8%; consumo do governo com expansão de 1,9% e o investimento mantendo taxas positivas no acumulado em quatro trimestres, pela segunda vez consecutiva”, diz a nota da SE/MPO.

“De 2022 a 2024, o PIB cresceu em todos os trimestres. Esse resultado é superior às estimativas do início de 2024 (+1,59% - Focus de 05/01/2024). O PIB per capita variou, em termos reais, 3,0% em 2024, alcançando R$ 55.247,45 no total do ano e R$ 4,6 mil em valores mensais”, ressalta o texto da SE/MPO.

Ranking de países

O Brasil ocupa a sétima posição no ranking de 40 países que apresentaram dados de crescimento econômico referente a 2024. A listagem é elaborada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), conhecida como clube dos países ricos, por reunir nações com as economias mais avançadas do mundo. Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%, conforme divulgou nesta sexta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Países

A OCDE tem 38 países, e o Brasil não está entre os membros efetivos, mas iniciou processo de adesão. A organização lista informações sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB – conjunto de bens e serviços produzidos no país) de 39 países, entre eles os não membros Brasil, China, Índia, Indonésia, Arábia Saudita e África do Sul. A Agência Brasil acrescentou o dado da Rússia, que cresceu 4,1% em 2024.

Chile, Grécia, Luxemburgo e Nova Zelândia fazem parte da OCDE, mas não foram listados pois ainda não terem divulgado dados relativos a 2024. Cinco países apresentam queda no PIB, incluindo a Alemanha (-0,2%), maior economia da Europa.

Comparação

País mais populoso do mundo, com mais de 1,4 bilhão de habitantes, a Índia lidera o ranking de crescimento, com taxa anual de 6,7%. Em seguida aparecem China e Indonésia, ambos com expansão de 5%.

O primeiro país das Américas a figurar no ranking é a Costa Rica, que cresceu 4,3% em 2024. Os Estados Unidos, maior economia do mundo, têm a 11ª maior alta (2,8%).

O salto do PIB do Brasil foi superior à média dos países da OCDE, da União Europeia e do Grupo dos 7 (G7, países mais industrializados do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido).

Já entre os primeiros países a formarem o Brics (grupo de nações emergentes: Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), o Brasil fica na frente apenas da África do Sul. 

“Significa aumento da renda média do brasileiro. Agora é seguir avançando, combatendo a inflação para baratear o preço dos alimentos”, escreveu Tebet.

A SE/MPO chama atenção, entre outros pontos, para o avanço de 3,6% do PIB no quarto trimestre de 2024 em comparação com igual período de 2023, o 16º resultado positivo consecutivo nessa base de comparação. Outro número destacado foi o avanço de 4,8% do consumo das famílias em todo o ano passado. “A melhora no mercado de trabalho, o aumento do crédito e os programas governamentais de transferência de renda impulsionaram a demanda das famílias”, diz a SE/MPO.

Confira o ranking:

1) Índia: 6,7% 

2) Indonésia: 5% 

3) China: 5% 

4) Costa Rica: 4,3% 

5) Rússia: 4,1% 

6) Dinamarca: 3,6% 

7) Brasil: 3,4% 

8) Espanha: 3,2% 

9) Turquia: 3,2% 

10) Polônia: 2,9% 

11) Estados Unidos: 2,8% 

12) Lituânia: 2,7% 

13) Noruega: 2,1% 

14) Eslováquia: 2% 

15) Coreia: 2% 

16) Portugal: 1,9% 

17) Colômbia: 1,7% 

18) Eslovênia: 1,6% 

19) Canadá: 1,5% 

20) México: 1,5% 

21) Suíça: 1,3% 

22) Arábia Saudita: 1,3% 

23) França: 1,2% 

24) República Tcheca: 1,1% 

25) Austrália: 1,1% 

26) Bélgica: 1% 

27) Suécia: 1% 

28) Países Baixos: 0,9% 

29) Reino Unido: 0,9% 

30) Itália: 0,7% 

31) África do Sul: 0,6% 

32) Hungria: 0,5% 

33) Islândia: 0,5% 

34) Israel: 0,1% 

35) Japão: 0,1% 

36) Finlândia: -0,2% 

37) Alemanha: -0,2% 

38) Estônia: -0,3% 

39) Letônia: -0,4% 

40) Áustria: -1,2% 

Comparação com grupo de países:
Brasil: 3,4%

G7: 1,7%

OCDE: 1,7%

União Europeia (27 países): 1%

Zona do Euro (20 países): 0,9%
 

Tags