O Ceará atingiu o oitavo mês consecutivo de saldo positivo e foi responsável pela criação de 9.294 novos empregos com carteira assinada. O saldo é 2,7 vezes maior que o de julho do mesmo ano e o maior registrado em 2024.
Acumulado
Com este resultado o estado alcança a marca de 44.179 novos postos de trabalho em 2024, representando o segundo melhor resultado do Nordeste, atrás somente da Bahia (81.096).
“Considerando todo o ano de 2023 e o ano de 2024 até o momento, vamos nos aproximando do total de 100 mil vagas criadas. São 96.346 empregos com carteira assinada em 20 meses. Isso é sinal do comprometimento com a geração de emprego e renda, com a qualificação dos nossos trabalhadores e com a atração de novos negócios. E vamos seguir nesse caminho de ofertar mais e melhores oportunidades aos cearenses”, destacou o governador Elmano de Freitas.
O nível do emprego formal atingiu o total de 1.397.513 postos de trabalho com carteira assinada no Ceará. Os números são do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados nesta sexta-feira (27).
Serviços lideram
Os resultados conquistados pelo Ceará, no acumulado de 2024, são especialmente puxados pela geração de empregos no setor de serviços, que desponta com a criação de 24.043 empregos formais. O setor é acompanhado pela indústria (10.423), onde se destaca a geração de postos de trabalho nos segmentos calçadista (3.079) e vestuário e acessórios (2.256). Também registraram saldos positivos os setores da construção civil (5.48), comércio (3.358) e agropecuária (1.308).
Contexto de agosto
O desempenho específico de agosto foi proveniente da relação entre o número de contratações com carteira assinada (57.431), que superou o de demissões (48.173). O número é resultado da expansão de empregos em todos os setores produtivos acompanhados pelo Novo Caged, especialmente nos setores de serviços (3.449), indústria (2.942) e comércio (1.287).
“O Governo do Ceará tem trabalhado para garantir um ambiente favorável à atração e ao desenvolvimento dos empreendimentos cearenses. Como resultados, o PIB do Ceará cresceu 7,2%, no segundo trimestre de 2024, mais que o dobro do país. Isso se reflete na geração de empregos e expansão do consumo interno”, analisou o secretário do Trabalho, Renan Ridley.
Considerando os municípios cearenses em relação à geração de empregos em agosto, além da Capital (2.213), também se destacam as cidades de Sobral (1.173), Juazeiro do Norte (740) e Horizonte (578), Maracanaú (568).
Quanto ao salário médio de admissão, o Ceará se mantém como maior do Nordeste, com o salário de R$ 1.910,89, acima da média da região, que ficou em R$ 1.830,50.
Considerando o perfil dos colocados, observa-se que “em agosto, as novas vagas foram ocupadas principalmente por jovens de 18 a 24 anos (5.578), com ensino médio completo (6.279)”, aponta o diretor da Promoção do Trabalho e Empreendedorismo do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Rubens Rodrigues.
No País
O Brasil ampliou em 232.513 o número de postos de trabalho com carteira assinada no mês de agosto, número 0,49% maior do que o observado no mês anterior. No acumulado do ano, período compreendido entre janeiro e agosto, já foram geradas 1.726.489 novas vagas. Os dados constam do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado nesta sexta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Tendo como recorte os últimos 12 meses (período entre setembro de 2023 e agosto de 2024), o saldo de postos de trabalho está positivo, com a criação de 1.790.541 novas vagas. “Com isso, o estoque, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, contabilizou 47.243.764 vínculos, representando uma variação de +0,49% em relação ao mês anterior”, informou o ministério.
Ministro do Trabalho e Emprego em exercício, Francisco Macena ressaltou que a boa notícia é que “não só os cinco grandes grupos econômicos, mas as 27 unidades federativas apontaram crescimentos importantes”.
O destaque de agosto ficou com o setor de Serviços, que criou 118.364 postos em agosto. No acumulado do ano, o saldo positivo chegou a 916.369 novos postos. A indústria foi responsável pela criação de 51.634 novos empregos em agosto, com destaque para a indústria de transformação (50.915 postos). No acumulado do ano, este setor já soma 343.924novos postos.
Críticas ao BC
“O acumulado da indústria já representa 90% de todos os postos de trabalho que foram criados no ano passado. Isso, para nós, é um indicador muito importante por mostrar retomada do desenvolvimento econômico e da perspectiva de um desenvolvimento mais sustentável, apesar de o Banco Central, aquele povo ensimesmado, ainda trabalha, na nossa opinião, em uma perspectiva contrária ao desenvolvimento econômico do país, aumentando o custo da dívida pública e deixando de incentivar investimentos na indústria e na economia”, argumentou Macena ao ressaltar que o BC precisa levar em conta, nas análises que costuma apresentar, que “a perspectiva de desenvolvimento do país vai além da política monetária”.
O setor de comércio gerou 47.761 novos empregos com carteira assinada em agosto; e 169.868 no acumulado do ano. A construção civil criou 13.372 postos no mês e 213.643 no acumulado entre janeiro e agosto. Já o da agropecuária gerou 1.401 novos empregos formais em agosto; e 82.732 no acumulado de 2024.
“Quero chamar atenção para o quarto maior gerador de postos de trabalho [em agosto], que foi a construção civil. Na nossa opinião, começamos a ver os resultados dos investimentos públicos do Novo PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] na habitação. Principalmente, nos recursos de financiamento por FGTS Minha Casa Minha Vida no mercado imobiliário. Nossa expectativa é que isso seja impulsionado cada vez mais”, explicou o ministro.
Regiões e estados
No comparativo entre as regiões do país, o Sudeste gerou 841.907 empregos ao longo de 2024. O Sul gerou 309.140 novos empregos formais; o Nordeste registrou mais 257.925 vagas; o Centro-Oeste, 187.471; e o Norte, 104.773 postos.