Inflação fica estável em Fortaleza e Região Metropolitana em agosto; deflação no País

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Os preços dos alimentos foram os responsáveis pela estabilidade no IPCA da Capital cearense, mas em setembro, os efeitos da seca e das queimadas deve impactar estes indicadores Foto: Freepik

A inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto foi de 0,00%, na Região Metropolitana de Fortaleza, e ficou 0,47 ponto percentual abaixo da taxa de julho (0,47%).

No ano, o IPCA acumula alta de 3,00% e, nos últimos 12 meses, de 4,25%, abaixo dos 5,02% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2023, a variação havia sido de 0,74%. Em setembro, os efeitos da seca e das queimadas deve impactar estes indicadores.

Fora do lar alimento subiu

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, um teve queda e influenciou o resultado de agosto: Alimentação e bebidas (-0,89%), que contribuiu com -0,22 pontos percentuais (p.p.). No lado das altas, o maior impacto veio de Educação (1,64% e 0,11 p.p. de contribuição). Os demais grupos ficaram entre o 0,02% de Saúde e cuidados pessoais e o 0,48% de Despesas pessoais.

Em Alimentação e bebidas (-0,89%), a alimentação no domicílio (-1,23%) apresentou o segundo recuo consecutivo, após queda de 0,92% em julho. Foram observadas quedas nos preços do tomate (-32,22%), da cebola (-28,95%) e da cenoura (-24,93%). No lado das altas, destacam-se o mamão (6,44%), o café moído (3,66%) e hortaliças e verduras (3,21%).

A alimentação fora do domicílio (0,23%) registrou variação abaixo do registrado no mês anterior (0,50%). O subitem lanche desacelerou de 0,46% em julho para -0,26% em agosto, enquanto a refeição apontou variações de 0,54% (julho) e 0,48% (agosto).

Combustíveis subiram

No grupo Transportes (0,11%), a variação de preços no grupo foi influenciada por movimentos de preços em sentidos opostos. Em relação aos combustíveis (0,31%), gasolina (0,32%) e óleo diesel (0,34%) apresentaram altas, enquanto gás veicular (-0,46%), recuou. Além disso, as passagens aéreas registraram queda nos preços (-12,57%).

Em Educação (1,64%), os cursos regulares subiram 1,82%, principalmente por conta dos subitens creche (3,73%), ensino fundamental (2,66%) e médio (2,57%). A alta dos cursos diversos (1,12%) foi influenciada principalmente pelos cursos de idioma (3,61%).
Para o cálculo do índice nacional do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de julho a 29 de agosto de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de junho a 29 de julho de 2024 (base). Calculado desde 1980, o indicador se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.