Os motoristas devem aproveitar para abastecer já que vem aumento no preço do diesel e da gasolina. Já no começo de fevereiro, no dia 1o, sobe o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da gasolina e do diesel. Portanto, o imposto estadual vai ter mais impacto no bolso do consumidor e refletir em toda a cadeia de preços.
Mas não é só isso. A Petrobras aponta necessidade de reajustar o diesel entre R$ 0,18 e R$ 0,24, devido à defasagem com o mercado internacional.
Nesta terça (28), o menor preço encontrado para o litro da gasolina comum à vista foi de R$ 6,17, em Fortaleza. A alta do ICMS para todos os estados do Brasil, e ocorre em momento de pressão sobre a política de preços da Petrobras.
Aprovação
A mudança em relação ao ICMS foi aprovada em novembro do ano passado, em reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). No caso da gasolina, a cobrança do tributo deve subir R$ 0,10, passando de R$ 1,3721 para cerca de R$ 1,47 por litro. O salto, nesse caso, será de 7,14%.
Já para diesel e biodiesel, o ICMS subirá de R$ 1,0635 para R$ 1,12 por litro, um crescimento de 5,31%. “Esses ajustes refletem o compromisso dos Estados em promover um sistema fiscal equilibrado, estável e transparente, que responda adequadamente às variações de preços do mercado e promova justiça tributária”, argumentou o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz).
Pressão e inflação
O aumento do preço dos combustíveis a partir de fevereiro ocorre em um momento de pressão do mercado sobre a Petrobras. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) afirmou que os valores cobrados pela gasolina e diesel no Brasil estão defasados, em comparação ao mercado internacional. O percentual médio seria de R$ 0,85 para o óleo diesel e de R$ 0,37 para a gasolina.
A Petrobras lembrou que a companhia abandonou a política de Preço de Paridade de Importação (PPI) em 2023 para balizar os valores no Brasil. Segundo a estatal, a estratégia atual considera não só a interferência do mercado externo, mas também melhores condições de produção e logística para a precificação do diesel e da gasolina na venda para as distribuidoras.
Com o reajuste, os preços não apenas dos combustíveis passam a influenciar na inflação, sobretudo dos alimentos, considerando que a maioria desses produtos circula pelo País para serem distribuídos em caminhões movidos à diesel.