Seguindo o bom desempenho mostrado no período pós-pandemia, o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará deve crescer 2,9% este ano, estima o Santander. Se confirmada a expectativa, o Estado terá crescimento acima do previsto para o PIB brasileiro, de 2% em 2024, assim como da média da região Nordeste (2,3%).
Brasil
Em 2025, enquanto a economia brasileira deve se expandir em 1,8%, a alta prevista para o PIB cearense é ligeiramente superior, de 1,9%. Os números estão em estudo especial que apresenta estimativas do banco por estados e regiões para o horizonte de 2022 a 2025. Os últimos dados oficiais do IBGE para as economias estaduais foram publicados em 2021.
Autor do levantamento ao lado dos economistas Henrique Danyi e Rodolfo Pavan, o economista Gabriel Couto observa que os serviços mostraram resiliência após a pandemia de Covid-19 no Ceará e no Nordeste. “É o setor com maior participação na economia da região. A dinâmica dos serviços prestados às famílias segue importante no local”, afirmou.
Serviços
Nos cálculos do Santander, o PIB cearense dos serviços vai aumentar 3% este ano, e 2% no próximo. “Vemos manutenção de crescimento robusto nos serviços do Nordeste e do Ceará”, diz Couto. Segundo as informações mais recentes do IBGE, o segmento representa 77,8% da economia do estado. No Nordeste como um todo, a participação é de 75%.
Indústria
Para o PIB industrial, a estimativa é de expansão de 1,5% no estado em 2024, e de 2% em 2025. O comportamento representa melhora ante 2023, quando o setor recuou 2%. “A política monetária mais restritiva e problemas nas cadeias produtivas globais impactaram a atividade industrial em 2022 e 2023, mas o setor deve voltar a acelerar em 2024”, aponta o economista, destacando que a indústria responde por 17,1% do PIB cearense.
Agropecuária
Por fim, para o PIB agropecuário, o Santander trabalha com avanço de 5% no Ceará este ano, seguido de estabilidade em 2025. O agro tem peso reduzido na economia cearense, ressalta Couto, de 5,1%. “A tendência é de crescimento em 2024, apesar da contração de 1% esperada para a média nacional no ano”, conclui.