Os estabelecimentos vinculados à Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), seccional Ceará, poderão reduzir em até 40% os custos com energia elétrica através do uso de fontes renováveis.
A redução é fruto de um acordo feito entre a Abrasel e a Kroma Energia, primeira comercializadora do Nordeste, cuja especialidade é a migração de unidades consumidoras para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), ou Mercado Livre de Energia.
Devido ao uso de equipamentos de alta potência, o funcionamento contínuo e a recorrência de vários picos de consumo durante o dia, estima-se que o gasto com energia chegue a atingir 15% do faturamento de bares e restaurantes. Além disso, um novo reajuste na conta de luz foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Menor impacto nas finanças
De acordo com Yuri Torquato, consultor comercial da Kroma Energia, o mercado livre é o caminho mais viável para se evitar surpresas nas finanças das empresas:
“Hoje paga-se muito caro por conta das oscilações tarifárias das distribuidoras. Neste mês de setembro, por exemplo, todas as unidades que ainda não migraram para o ambiente livre, vão sentir os impactos da bandeira vermelha, que aumentará, em média, até 15% na tarifa de energia das unidades ainda presentes no mercado regulado”, afirma.
Sócios da Abrasel
A Abrasel no Ceará possui mais de 700 sócios distribuídos pela capital e por mais de 40 municípios do estado. Esse número demonstra a força e a representatividade da entidade no setor de alimentação fora dos lares cearenses.
Para Taiene Righetto, presidente da associação, a parceria vem ao encontro das necessidades dos bares e restaurantes. Segundo ele, “o acordo é bastante conveniente para os empresários, uma vez que eles têm o poder de escolha para aquisição de energia mais barata, com tarifas pré-definidas e sem surpresas. Com a economia gerada, certamente o setor vai testemunhar um crescimento significativo”, comemora.
Mercado Livre de Energia
O Mercado Livre de Energia no Brasil surgiu em 1995, com a abertura do setor elétrico à concorrência, permitindo que grandes consumidores escolhessem seus fornecedores de energia.
No começo deste ano, a partir do dia 1º de janeiro após a chamada abertura do Mercado Livre, todas as unidades consumidoras ligadas na Alta Tensão ou até mesmo que possuem uma subestação própria de energia, passaram a possuir essa possibilidade de escolha. Essa modalidade oferece liberdade de negociação e potencial de redução de custos, impulsionando a modernização e competitividade do setor elétrico no país.