Emprego formal puxa o crescimento dos planos de saúde empresariais; 71% do mercado

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o número de usuários com assistência da saúde suplementar chegou a 51,5 milhões em setembro, um crescimento de 794 mil beneficiários - aumento de 1,57% em relação ao mesmo período de 2024 Foto: Freepik

A melhora dos indicadores de emprego formal puxou a alta recorde e um maior registro de planos empresariais. Segundo o Relatório de Números do Setor – mensalmente feito pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o número de usuários com assistência da saúde suplementar chegou a 51,5 milhões em setembro, um crescimento de 794 mil beneficiários - aumento de 1,57% em relação ao mesmo período de 2024. 

Os planos chamados “coletivos empresariais” foram os contratos que mais ganharam novos clientes, totalizando 36,7 milhões de beneficiários, o que representa 71% do mercado de saúde suplementar.

Desejo de consumo

Os planos de saúde são o terceiro maior desejo de consumo do brasileiro, atrás somente da casa própria e da educação. Essa constatação está presente em uma série de pesquisas realizadas pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) ao longo dos últimos anos.

Em pesquisa realizada pela empresa Pipo Saúde com foco nos benefícios corporativos e respondida por 3 mil pessoas colaboradoras,  o plano de saúde foi o benefício mais relevante para 79%. O número está um pouco acima de outra pesquisa feita anteriormente pela mesma empresa - respondida por profissionais de RH -, que mostrou que para quase 70% deles, o plano de saúde era o benefício mais valorizado.

Benefícios

“O plano de saúde sempre teve um papel de muito destaque dentro do pacote de benefícios corporativos, mas depois da pandemia as pessoas começaram a dar ainda mais valor aos benefícios de saúde. Antes, eles eram considerados apenas como um complemento ao salário. Agora ganharam um papel central”, comenta Marcela Ziliotto, Head de People da Pipo Saúde.

Relevância

Na mesma pesquisa da Pipo Saúde realizada com colaboradores, em relação ao bem-estar físico, 56% têm alguma modalidade de cuidado com a saúde física, como vale academia, saúde laboral, auxílio livre com reembolso, entre outros. E 9 a cada 10 respondentes acreditam que este benefício incentiva à prática de atividades. No campo da saúde mental, apenas 11,3% das empresas oferecem benefícios voltados para a saúde mental.

Um estudo realizado no começo do ano, pela Pipo Saúde, com 9 mil colaboradores sobre a sua saúde mostrou que quase metade deles possui risco de saúde mental (para essa análise do risco mental, o estudo utilizou duas avaliações de formato resumido, validadas para ansiedade e depressão, usando o score de cada pessoa baseado na soma das suas respostas). Ou seja, embora a saúde mental seja um tema relevante, as empresas ainda não priorizam este benefício em seu pacote.