Dólar aparece cotado a R$ 6,36 na consulta ao Google no feriado e gera questionamento

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Na segunda-feira (23), dia de pouca liquidez no Brasil e turbulências no exterior, o dólar voltou a se aproximar de R$ 6,20. Mas, a moeda no comercial encerrou o dia vendido a R$ 6,186  Foto: Freepik

O Google chegou a mostrar o dólar cotado a R$ 6,36 no feriado de Natal, nesta quinta-feira (25), em seu buscador e gerou questionamentos. A plataforma informou que retirou temporariamente ("por hora") da busca o valor da moeda norte-americana.

O fato gerou ação da Advocacia-Geral da União (AGU) informando que vai ouvir o Banco Central como forma de apurar a possível divulgação incorreta da cotação do dólar exibida no buscador do Google no feriado, quando os mercados não operaram.

Cotação antes do feriado

Na segunda-feira (23), antes do feriado, o dia foi de pouca liquidez no Brasil e turbulências no exterior, e o dólar voltou a se aproximar de R$ 6,20. A moeda no comercial encerrou o dia vendido a R$ 6,186, com alta de R$ 0,114 (+1,87%). A cotação abriu em R$ 6,11 e subiu durante toda a sessão. Na máxima do dia, por volta das 15h30, chegou a R$ 6,20.

Leilão nesta quinta (26)

Diferentemente dos últimos dias, o Banco Central (BC) não interveio no câmbio no dia 23. Após o fechamento do mercado, a autoridade monetária anunciou a venda de US$ 3 bilhões à vista nesta quinta-feira (26). O dinheiro sairá das reservas internacionais e, diferentemente dos leilões de linha, não será recomprado de volta pelo BC.

No mercado de ações, o dia também foi tenso. O índice Ibovespa, da B3, também teve um dia tenso e fechou aos 120.767 pontos, no menor nível desde 1,09%. O indicador está no menor nível desde 20 de junho.

Com o recesso parlamentar no Brasil e poucos dias úteis na semana, o mercado financeiro teve um dia de pouco volume, sendo influenciado principalmente pelo cenário internacional.

O dólar fortaleceu-se em todo o Planeta, com os investidores ainda digerindo o comunicado da reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), que indicou menos cortes no próximo ano nos Estados Unidos.

No Brasil, o câmbio também foi influenciado pela saída de recursos típica do fim de cada trimestre, em que as multinacionais repassam os lucros ao exterior.

A divulgação do boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras, indicou piora nas expectativas de inflação e de juros para 2025. Isso interferiu em alta nas taxas futuras de juros, contribuindo para a queda da bolsa.