Ceará inicia janeiro com saldo negativo de 1.225 postos de trabalho com carteira assinada

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Mesmo com os saldos positivos dos setores Industrial e de Serviços, o setor de Comércio registrou o desligamento de 2.770 empregos, especialmente, entre os vendedores (-1.885), em virtude do fim das contratações temporárias de fim de ano Foto: Divulgação

A sazonalidade trouxe seu impacto e o Ceará fechou janeiro com queda no mercado de trabalho. O resultado do comércio puxou o saldo geral do Estado, que fechou mês com um saldo negativo de 1.225 postos de trabalho formais.

Impacto

Mesmo com os saldos positivos dos setores Industrial e de Serviços, o setor de Comércio registrou o desligamento de 2.770 empregos, especialmente, entre os vendedores (-1.885), em virtude do fim das contratações temporárias de fim de ano.

Estoque de 2024

O estoque ficou em 1.408.141, sendo menor que dezembro de 2024 (1.409.366), mas maior para um janeiro desde o início da série histórica, em 2020.O resultado reflete em quarta pior colocação do Brasil e a segunda pior do Nordeste.

A indústria geral apresentou um saldo positivo de 1.019 novos postos de trabalho em janeiro de 2025. Com o resultado, o setor mantém a trajetória de aquecimento do ano anterior, quando foi o segundo maior gerador de postos de trabalho com carteira assinada (13.531 no acumulado do ano de 2024).

O resultado advém, principalmente, dos investimentos públicos nas atividades de coleta de resíduos, água e esgoto (715). Dentro da Indústria de Transformação destacam-se setores como o têxtil (111) e calçados (107), que também apresentaram bons resultados.

Os números foram divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília, pelo ministro Luiz Marinho, e com a presença do secretário do Trabalho do Ceará e presidente do Fórum Nacional de Secretários do Trabalho (FONSET), Vladyson Viana.

Análise

“Em janeiro, percebe-se a importância dos investimentos públicos para a impulsionar a economia. O impacto em segmentos como coleta de resíduos e esgoto, refletem não apenas na geração de postos de trabalho, mas também na qualidade de vida e saúde da população cearense,” acrescenta o secretário Vladyson Viana.

Outro setor que manteve bons resultados em janeiro, foi o de serviços, com 887 empregos formais gerados. Neste contexto, destacam-se os segmentos de arte, cultura, esporte, recreação e outras atividades de serviços, atividades ligadas à alta estação do turismo cearense, durante o período de férias.

As ocupações com maiores saldos de emprego no período, destacam-se as atividades de professores e profissionais do ensino, técnicos de nível médio, ajudante de obras, instaladores e reparadores de linhas e cabos elétricos e de comunicações, embaladores e alimentadores de produção, trabalhadores agrícolas, trabalhadores de atendimento ao público e trabalhadores nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros, dentre outras.

Brasil

Quatro dos cinco grupos econômicos tiveram números positivos, com destaque para a indústria, com 70,4 mil novas vagas. País registra estoque de 47,3 milhões de postos com carteira assinada, crescimento de 3,6% em relação a janeiro do ano passado.  Brasil gerou 137.303 postos de trabalho com carteira assinada em janeiro de 2025. O resultado, o melhor dos últimos três meses, é resultado da diferença entre 2,27 milhões de pessoas admitidas e 2,13 milhões de desligamentos em todo o país no período.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) e foram divulgados nesta quarta, 26 de fevereiro, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em relação ao estoque total de pessoas empregadas do país, o Brasil registra 47,3 milhões de empregos formais, crescimento de 3,6% em relação a janeiro do ano passado.

“São 137 mil postos formais gerados no mês, empregos que impulsionam a economia. Começamos o ano com geração de empregos de qualidade e queremos manter esse crescimento ao longo de 2025, com a expectativa de alcançar o patamar de 2024”, afirmou o ministro Luiz Marinho (Trabalho e Emprego).

Setores

Quatro dos cinco grandes grupos de atividades econômicas registraram números positivos no primeiro mês do ano. Destaque para a Indústria, que respondeu pela criação de 70,4 mil vagas. Em seguida aparecem Serviços (45,1 mil), Construção (38,3 mil) e Agropecuária (35,7 mil). Apenas o Comércio apresentou desempenho negativo, com -52,4 mil vagas.