Prévia da inflação acelera em Fortaleza 1,10% em fevereiro; alta de 4,71% em 12 meses

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A inflação em Fortaleza subiu 11 meses ao longo de 2024 e, em 2025, segue o ritmo de altas, embora tenha desacelerado em janeiro. A Região Metropolitana de Fortaleza apresentou a nona maior variação de preços em fevereiro no País Foto: Divulgação

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado na terça-feira (25) pelo IBGE, ficou em 1,10% em fevereiro de 2025 na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), acima do valor apresentado em janeiro de 2025 (0,21%).

Ranking

Em relação às 11 regiões pesquisadas, a RMF apresentou a nona maior variação, a frente Goiânia (0,99%) e Porto Alegre (1,08%). Em 12 meses, o índice para a RMF acumula alta de 4,71%. O café e os ovos têm sido a razão da dor de cabeça do consumidor.

As variações que se destacaram positivamente ocorreram nos grupos de Educação (4,98%) e Habitação (4,21%). Os grupos de Vestuário (-0,13%), Transportes (-0,36%), Despesas Pessoais e Comunicação (0,50%) apresentaram variações negativas.

Inflação dos alimentos

No País, a prévia da inflação de fevereiro mostra desaceleração nos preços dos alimentos, ou seja, subiram menos do que em janeiro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) indica que, neste mês, houve alta de 0,61%, a menor desde setembro de 2024 (0,05%).

Veja como se comportou o preço dos alimentos nos últimos seis meses, de acordo com o IPCA-15:

Fevereiro 2025: 0,61%
Janeiro 2025: 1,06%
Dezembro 2024: 1,47%
Novembro 2024: 1,34%
Outubro 2024: 0,87%
Setembro 2024: 0,05%

Preocupação

A inflação dos alimentos tem sido uma das principais preocupações do governo. Entre os fatores que têm elevado o custo figuram questões climáticas. O IPCA-15 de fevereiro mostrou que os alimentos tiveram impacto de 0,14 ponto percentual (p.p.) no índice geral. O IBGE mostrou que a alimentação no domicílio subiu 0,63%, abaixo do registrado em janeiro, 1,10%.

Os principais aumentos foram da cenoura (17,62%) e café moído (11,63%). Entre as quedas, destacam-se a batata-inglesa (-8,17%), arroz (-1,49%) e frutas (-1,18%).

Fora do lar

A alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,93% para 0,56% em fevereiro. Dentro deste subgrupo, a refeição (0,43%) e o lanche (0,77%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior (0,96% e 0,98%, respectivamente).

Doze meses

Apesar da desaceleração dentro do IPCA-15 de fevereiro, a inflação dos alimentos no acumulado de 12 meses está acima da inflação geral. Enquanto o IPCA-15 soma 4,96%, o grupo alimentos e bebidas registra 7,12%. Em janeiro, o acumulado dos alimentos era de 7,49%. Em dezembro, chegou a 8%.

Principais influências de itens alimentícios no IPCA-15 de fevereiro:

Altas 

Café moído: 11,63%
Refeição: 0,43%

Baixas

Batata-inglesa: -8,17%
Arroz: -1,49%
Banana-d'água: -4,98%
Óleo de soja: -1,96%
Limão: -17,35%
Leite longa vida: -0,67%