Será um Dia das Mães melhor para o varejo que o registrado em 2023 no País. A data deve superar R$ 13 bilhões, sendo R$ 349,08 milhões no Ceará, o segundo melhor resultado do Nordeste. A Bahia lidera com R$ 516,87 milhões, depois vem o Ceará e, em terceiro no ranking da Região, aparece Pernambuco, com movimentação para a data de R$ 329,05.
Empregos
Quase 26 mil trabalhadores temporários devem ser contratados para dar conta da segunda data mais importante do varejo nacional.
Mais buscados em Fortaleza
Em Fortaleza, outra pesquisa, portanto com metodologia diferente, aponta que o Dia das Mães deverá movimentar R$ 393 milhões, com um crescimento da ordem de 11,3% ante igual período de 2023.
De acordo com a pesquisa do IPDC/Fecomércio-CE, mais da metade dos entrevistados (53,6%) planeja comprar presentes para a ocasião. Os produtos mais citados incluem artigos de vestuário e acessórios (41,7%), cosméticos e itens de perfumaria (37,7%), calçados (11,6%), chocolates, doces, bombons (9,4%), flores (6,3%) e eletroportáteis(6,0%).
Gasto médio
O gasto médio projetado por presente é de R$ 265, com a maioria dos entrevistados (55,8%) optando por pagamentos à vista. No entanto, 41,9% preferem o cartão de crédito, evidenciando uma disposição para parcelamento ou benefícios de programas de fidelidade.
Os locais de compra preferidos incluem shopping centers (42,3%), lojas de rua e galerias comerciais (25,6%) e centros comerciais (21,4%), sugerindo a importância de estratégias de marketing específicas para cada tipo de estabelecimento. Quanto às datas de compra, a maioria não tem um dia específico em mente, mas os sábados emergem como os preferidos, seguidos por sexta-feira e domingo.
Celebração
Além disso, a intenção de celebração é alta, com 54,5% dos entrevistados planejando comemorar a data. Notavelmente, a maioria dessas celebrações (73,2%) ocorrerá em casa, com familiares ou amigos, indicando uma valorização do ambiente familiar durante as festividades.
Brasil
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que o volume de vendas no comércio varejista voltado para o Dia das Mães deve atingir R$ 13,2 bilhões em 2024. O valor representa aumento de 3,5% em relação à movimentação financeira real observada no ano passado. Diante da magnitude e da variedade de segmentos impactados, essa data comemorativa é considerada o Natal do primeiro semestre pelo varejo brasileiro.
Por estados
São Paulo (R$ 3,9 bilhões), Minas Gerais (R$ 1,4 bilhão), Rio de Janeiro (R$ 1,1 bilhão) e Rio Grande do Sul (R$ 967 milhões) devem concentrar 57% das vendas. As 12 maiores Unidades da Federação deverão registrar avanços nos volumes de vendas locais, sendo Espírito Santo e Bahia os maiores destaques relativos às altas esperadas – ambos com projeção de 6,3%. O Ceará aparece atrás da Bahia, com R$ 349,08.
Roupas e calçados são os preferidos
A maior previsão de faturamento é do segmento de vestuário, calçados e assessórios: R$ 5,1 bilhões, um avanço de 2,1% na comparação com 2023. Em seguida, vem o ramo de farmácias, perfumarias e lojas de cosméticos, com previsão de R$ 2,6 bilhões.
Os estabelecimentos especializados na venda de móveis e eletrodomésticos devem responder por R$ 1,8 bilhão, enquanto os de utilidades domésticas e eletroeletrônicos, R$ 1,8 bilhão. A maior alta, no entanto, está prevista para o ramo de hiper e supermercados, que deve ter aumento de 6% nas vendas e chegar a aproximadamente R$ 1,2 bilhão.
Presentes caros mais baratos
A desaceleração da inflação observada ao longo dos últimos meses deve refletir na cesta de consumo típica da data, cuja tendência de alta é de 2,5%, em média, a menor variação desde 2020, quando o aumento foi de 1,2%.
Um dos destaques é a queda dos preços de itens usualmente mais caros, como smartphones, que tiveram queda de 8,4%; joias, com redução de 7,9%; e aparelhos de som, com diminuição de 5,1%. Por outro lado, aparelhos de ar-condicionado aumentaram expressivos 22%, livros tiveram alta de 11,5% nos preços, e tênis ficaram 9% mais caros que no ano passado.
Melhoria das condições de consumo
Conforme o economista da CNC responsável pelo estudo, Fabio Bentes, as condições de consumo do brasileiro favorecem um Dia das Mães mais gordo. “A expectativa mais positiva para a data neste ano se dá por conta das melhores condições das taxas de juros e do mercado de trabalho, o que melhora o poder de compra tanto à vista como a prazo”, explica Bentes.
O economista destaca que a taxa média de juros para pessoas físicas atingiu um pico de 59,87% ao ano em maio do ano passado e, depois disso, assumiu uma trajetória de queda, o que influencia diretamente o planejamento das famílias para este Dia das Mães. Em fevereiro deste ano, a taxa estava em 52,46% ao ano, o menor patamar desde junho de 2022, de acordo com o Banco Central. Completam o cenário a menor taxa de desocupação do mercado em 10 anos e a desaceleração da inflação, que fechou o primeiro trimestre em 1,4%, o menor percentual dos últimos quatro anos.
Contratação de temporários
Com a expectativa real de aumento do volume de vendas, a contratação de trabalhadores temporários para atender à demanda deverá ser maior do que no ano passado (25,9 mil vagas em 2024 contra 23,7 mil vagas no ano passado). A expectativa é que o salário médio de admissão fique em torno de R$ 1.794, uma alta de 7,1% do valor médio pago na mesma data em 2023.
São Paulo (6,7 mil) e Minas Gerais (2,9 mil) devem ser os maiores demandantes por trabalhadores temporários. A expectativa da CNC é que 6,8 mil trabalhadores temporários sejam efetivados no varejo após o fim da segunda data comemorativa mais importante do varejo nacional.
Momento positivo
Conforme o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o momento é positivo. “As duas pesquisas realizadas pela Confederação que medem as perspectivas do comércio tanto do ponto de vista dos varejistas quanto dos consumidores apontam crescimento do setor”, afirma Tadros. Ele lembra que o indicador que mede a confiança dos varejistas em relação às condições atuais de suas empresas aumentou 6,4% em relação a março e a intenção de consumo teve a primeira alta em quatro meses, com avanço de 0,4%. “O orçamento menos apertado das famílias deve favorecer as compras em praticamente todos os segmentos”, ressalta.