A movimentação anual no transporte aéreo deve ser a melhor da história, ultrapassando 123 milhões de passageiros até dezembro. Atualmente, a movimentação nessa categoria já é 4% superior ao período pré-pandemia (2019). A informação consta do Relatório de Demanda e Oferta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e indica, na análise do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor).
Até abril
O crescimento neste início de ano já era perceptível nos voos internacionais, que chegaram a 9,5 milhões de passageiros até abril (15% superior ao registrado em 2019), mas também foi constatado nos voos domésticos (0,7% superior ao de 2019), com 31,6 milhões de pessoas transportadas em quatro meses.
Em abril, a movimentação de passageiros superou novamente os recordes de fluxo para o mês, com 7,9 milhões de passageiros processados no mercado doméstico e 2,1 milhões no mercado internacional, totalizando cerca de 10 milhões de passageiros (alta de 9,6% em relação ao ano passado).
É também a primeira vez que o setor internacional supera 2 milhões de passageiros no período de abril desde o início da série histórica, iniciada em janeiro de 2000.
“Mês a mês comemoramos o aumento no número de passageiros processados e tivemos um mês de abril marcado pelo forte crescimento do fluxo internacional, passando dos 2 milhões de passageiros pela primeira vez na história. É inconteste que a aviação civil brasileira segue em crescimento dentro e fora do país, o que nos anima a trabalhar por mais infraestrutura e apoio ao setor”, avalia o secretário Nacional de Aviação Civil, Tomé Franca.
Voa Brasil chega a 40 mil reservas
O Programa Voa Brasil, que oferece passagens aéreas de até R$ 200 a aposentados do INSS, atingiu o número de 40 mil reservas efetuadas pelos beneficiários. Considerando que o Voa Brasil utiliza assentos ociosos oferecidos pelas companhias aéreas, o número seria suficiente para lotar 300 aeronaves de aposentados desde o início do programa, criado no final de julho do ano passado.
“É um programa de inserção social, que oferece dignidade aos aposentados do país. São pessoas que não utilizavam, há pelo menos 12 meses ou nunca utilizaram, o transporte aéreo e tiveram a oportunidade de viajar pelo país, rever parentes, fazer turismo a um preço mais acessível”, avalia o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho.
Novos passageiros
O secretário Nacional de Aviação Civil, Tomé Franca ressalta a importância do programa para a política de inserção de novos passageiros no modal aéreo. "O Voa Brasil mostra a disposição do Governo Federal em trabalhar para que mais pessoas possam ter acesso a passagens aéreas. Comemoramos todos os meses o aumento de mais brasileiros viajando e esperamos fechar o ano com um aumento de 4,4% no número de passageiros processados em comparação com o ano passado. O programa segue firme e ajudando o país a decolar", destacou.
O programa Voa Brasil não utiliza recursos públicos e conta com a parceria das empresas aéreas para disponibilizar as vagas ociosas nos voos.
Fortaleza é 4ª mais buscada
Os principais destinos dos aposentados nestes quase 10 meses de programa estão concentrados nas regiões Sudeste (42,5%) e Nordeste (40%). A cidade de São Paulo lidera a relação, seguida por Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza, Brasília, Salvador, João Pessoa, Maceió, Belo Horizonte e Natal. No total, o programa movimentou aeroportos de 84 cidades, o que, na opinião do ministro, colabora com o desenvolvimento da aviação regional.
As passagens são comercializadas exclusivamente pelo www.gov.br/voabrasil, sem necessidade de cadastro ou pagamento de taxas. A única restrição é que o aposentado não tenha utilizado o transporte aéreo nos últimos 12 meses. Ao escolher data e destino, o beneficiado é direcionado para o site da companhia aérea que conclui o processo de compra.
A maior movimentação de passageiros, especialmente em rotas com ociosidade, pode gerar um impacto positivo na economia local, como aumento do consumo e geração de empregos em hotéis, restaurantes e outros serviços.