Despesas pessoais pesam e prévia da inflação de Fortaleza é 6ª maior do País em 12 meses

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A variação do mês de abril teve maior impacto com saúde e cuidados pessoais, embora outros grupos tenham mostrado alta, como alimentos. O percentual de aumento foi igual ao de março (0,34%) Foto: Freepik

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado hoje (25) pelo IBGE, ficou em 0,34%, em abril de 2025, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), mesma variação apontada no mês anterior (0,34%).

Em relação às 11 regiões pesquisadas, a RMF apresentou a sexta maior variação. Em 12 meses, o índice para a RMF acumula alta de 4,95%.

O que pesou mais

As variações que se destacaram positivamente ocorreram nos grupos de Despesas Pessoais 1,14% e Saúde e cuidados pessoais 1,10%. Os grupos de Habitação (-0,21%), Transportes (-0,50%), e Comunicação (-0,11%) apresentaram variações negativas.

Brasil

A prévia da inflação oficial geral do País registrou 0,43% em abril, pressionada pelos preços dos alimentos e itens de saúde. O resultado, apurado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), representa desaceleração em relação a março, quando ficou em 0,64%. Em 12 meses, o índice soma 5,49%. Em abril do ano passado, o IPCA-15 marcou 0,21%.

Maioria dos grupos subiu

Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, oito apresentam alta, com destaque para o de alimentação e bebidas, que acelerou de 1,09% para 1,14% na passagem de março para abril, respondendo por 0,25 ponto percentual do IPCA-15 deste mês. O grupo saúde e cuidados pessoais passou de inflação de 0,35% para 0,96% no mesmo período. Os dois grupamentos juntos representam 88% da prévia de inflação do mês.

Alimentos

No grupo alimentos e bebidas, a alimentação no domicílio, que tinha subido 1,25% em março, passou para alta de 1,29% em abril. As maiores pressões vieram do tomate (32,67%), café moído (6,73%) e do leite longa vida (2,44%).

Já a alimentação fora do domicílio subiu (0,77%), aceleração ante março, quando tinha ficado 0,66% mais alta. Os impactos principais em abril vieram do lanche (1,23%) e da refeição (0,50%).

O grupo saúde e cuidados pessoais teve forte influência dos itens higiene pessoal (1,51%) e produtos farmacêuticos (1,04%). No fim de março, o governo autorizou o reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos. Os planos de saúde encareceram 0,57%.

Transportes

Os transportes, único grupo que teve deflação (queda de preços) entre as prévias de março e abril, foi influenciado pelo preço das passagens aéreas, que recuaram 14,38%, representando alívio de 0,11 ponto percentual no IPCA-15. Esse foi o maior impacto negativo de todo o índice.

Os combustíveis também representaram um refresco para o bolso dos brasileiros, com redução média de 0,38% nos preços. Houve variação negativa do etanol (0,95%), gás veicular (0,71%), óleo diesel (0,64%) e gasolina (0,29%).