O governo federal prepara um programa para vender passagens aéreas mais baratas para aposentados, funcionários públicos e estudantes.
O programa será voltado para pessoas com salário de até R$ 6.800, segundo disse o ministro de Portos e Aeroportos Márcio França.
Segundo França, a previsão é que o programa comece a funcionar no segundo semestre desse ano, inicialmente ocupando 5% da ociosidade nos voos.
A meta do projeto é ocupar lugares vagos nos aviões, o que pode permitir a compra de passagens por R$ 200, disse França.
Gol e Azul já se mostraram que aceitariam a proposta do governo, de acordo com o ministro. A Latam não se manifestou. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) afirma estar acompanhando a proposta e que irá contribuir.
12 milhões de passagens
A estimativa do ministro é que, com o novo programa, sejam emitidas 12 milhões de passagens aéreas anualmente. A ideia é comprar assentos ociosos nas aeronaves e oferecer os bilhetes durante os meses de menor procura.
"O Governo Federal não entra com nenhum tipo de subsídio. Ele entra com a organização e os bancos, Caixa ou Banco do Brasil, que vão intermediar essa possibilidade", disse o ministro.
Duas por ano
As pessoas que se enquadram nos requisitos do programa teriam direito a comprar duas viagens por ano -duas idas e duas voltas, cada perna por R$ 200.
O plano não envolve subsidiar as passagens. A ideia é fazer um acordo com as companhias aéreas para a venda do espaço ocioso nas aeronaves, com intermediação do governo.
França diz que acha difícil alguma companhia aérea não aceitar. O programa pode gerar a venda de até 15 milhões de passagens ao ano por R$ 200 cada, segundo cálculos da pasta.
O ministro afirmou que o plano está montado, mas ainda precisa ser avaliado no governo. Segundo ele, o presidente Lula pediu mais passageiros e aeroportos no país, com mais voos de aviões de carreira.