Voar pelo menos no mercado doméstico a preços mais suportáveis é um sonho de muitos brasileiros. A realidade é que as passagens aéreas subiram muito e existem apenas promoções eventuais. Enquanto isso, aeroportos como o de Fortaleza, assistem à queda da movimentação de passageiros.
Agora, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) assinou, em Brasília, o protocolo de intenções do “Conheça o Brasil: Voando”, iniciativa do Ministério do Turismo (MTUR), em parceira com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR) e as companhias aéreas associadas Gol, Latam e Voepass, mais a Azul, para impulsionar o setor aéreo no País.
Estímulo
De acordo com a Abear, o programa reúne esforços do governo federal e das companhias aéreas para desenvolver ações voltadas ao estímulo de viagens no Brasil, à democratização do acesso à aviação civil e à redução do custo operacional das empresas aéreas.
“Cerca de 50% dos bilhetes aéreos são vendidos por até R$ 500,00, comprando com antecedência.Teremos como uma das bandeiras do programa, principalmente, fazer com que mais brasileiros viajem de avião”, disse o ministro do Turismo, Celso Sabino. “Este movimento foi fruto do diálogo com o Congresso, com as companhias aéreas e com o poder público. Com essa campanha, vamos informar e divulgar aos brasileiros a possibilidade de fazer turismo no Brasil a preços acessíveis. Vamos também lançar a nova malha para a alta temporada e, em dezembro, o Stopover deve começar no Brasil”, enfatizou o ministro.
“O Conheça o Brasil: Voando tem tudo para ser uma iniciativa importante tanto para as empresas aéreas quanto para os passageiros, que são nosso principal foco. Esperamos que esta programa contribua para o incremento da demanda de viagens e que mais passageiros possam usufruir do transporte aéreo. Estamos certos de que os ministérios darão sequência nas discussões estruturantes do setor”, afirmou a presidente da Abear, Jurema Monteiro.
Expectativa
Uma das ações do novo programa será a implementação do benefício do stopover no Brasil. Isso permite parar em um destino intermediário que seja escala ou conexão de determinados voos internacionais.
Também haverá uma campanha nacional de promoção de destinos turísticos no país. A ideia é de que pelo menos 10% da frota das companhias aéreas seja adesivada com imagens dos atrativos nacionais, com mensagens para incentivar os viajantes a conhecerem o País.
Mercado
A aviação comercial e o impacto econômico na atividade turística contribuíram com R$ 78 bilhões para o Produto Interno Bruto de 2022, uma fatia de 0,8% do PIB brasileiro. A Abear aponta que as atividades turísticas impulsionadas pelo transporte aéreo colaboraram com a geração de 995,1 mil empregos entre diretos, indiretos induzidos e catalisados, o equivalente a 1% do total de empregados no Brasil.