Ceará gera mais de 6 mil vagas de emprego com carteira assinada em março

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O resultado foi o melhor dos últimos cinco anos para igual período, comemorou o governador Elmano de Freitas, nas redes sociais

No Ceará foram admitidos 49.129 trabalhadores com carteira assinada e desligados 42.944, em março de 2024. Portanto, o saldo de novos empregos formais para o mês foi de 6.185, um crescimento de 0,46%. O salário médio de admissão no Estado caiu 3,14%, ficando em março no valor de R$ 1.847,19.

“O Ceará encerrou março com o melhor resultado na geração de postos de trabalho dos últimos cinco anos, no mesmo período. (…) Em relação a março de 2023, houve crescimento de 34,7%, que representa 1.596 vagas a mais ocupadas”, comentou o governador Elmano de Freitas em publicação nas redes sociais. Durante o período, o Ceará aparece como o segundo melhor desempenho da região Nordeste, atrás somente da Bahia (12.482), e registra que o nível do emprego formal atingiu o total de 1.364.531 postos com carteira assinada. 

Setores

O resultado foi puxado principalmente pelos setores de serviços (4.605), indústria (1.954) e comércio (419). Dentre os subsetores dos serviços, o maior saldo foi da Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (2.395). Na indústria, observam-se os resultados relevantes da Preparação de Couros e Fabricação de Artefatos de Couro, Artigos para Viagem e Calçados (778).

O secretário do Trabalho do Ceará, Vladyson Viana, ressalta a parceria entre os setores público e privado para a conquista do resultado. “Os números resultam da parceria entre os setores públicos e privados. O Governo atua não apenas com aportes de infraestrutura, mas também com a criação de um ambiente favorável para o desenvolvimento da economia e a manutenção dos investimentos, possibilitando que a iniciativa privada possa ampliar os seus postos de trabalho. Nossa expectativa é manter esse ritmo de crescimento, principalmente, considerando as iniciativas para os microempreendedores, responsáveis pela criação da maioria dos postos de trabalho no Ceará”.

O presidente do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Raimundo Angelo, ressalta o perfil dos trabalhadores que ocuparam as novas vagas de emprego. “Observamos que as vagas foram preenchidas principalmente por mulheres (3.369), pelos profissionais com idade entre 18 e 24 anos (4.298), com ensino médio completo (4.861)”.

Brasil

O Brasil fechou março com 244.315 empregos com carteira assinada, o melhor resultado do Caged para o mês desde 2020. No acumulado do ano (janeiro/2024 a março/2024), o saldo foi positivo em 719.033 empregos, o que representa um aumento de 34% em relação aos três primeiros meses do ano passado.

O balanço é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgado nesta terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, este foi o melhor resultado do Caged para o mês de março desde 2020. “Ou seja, é um momento importante, então eu creio que neste Primeiro de Maio nós temos motivos para fixar a luta da classe trabalhadora por melhores condições”, disse Marinho à Agência Brasil.

Estoque

O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 46.236.308 em março deste ano, o que representa alta de 0,53% em relação ao mês anterior.

O maior crescimento do emprego formal no mês passado ocorreu no setor de serviços, com a criação de 148.722 postos. No comércio, foram criados 37.493 postos; na indústria, 35.886, concentrados na indústria da transformação; e na construção 28.666. O único grande grupamento com saldo negativo foi a agropecuária, com 6.457 postos a menos, em razão das sazonalidades do setor.

O salário médio de admissão foi R$ 2.081,50. Comparado ao mês anterior, houve decréscimo real de R$ 5,25, uma variação negativa de 0,25%.

A maioria das vagas criadas no mês de março foram preenchidas por mulheres (124.483). Homens ocuparam 119.832 novos postos. A faixa etária com maior saldo foi a de 18 a 24 anos, com 138.901 postos.

Regiões

Todas as regiões do país tiveram saldo positivo na geração de emprego no mês passado, sendo que houve aumento de trabalho formal em 25 das 27 unidades da federação. Alagoas e Sergipe registraram mais desligamentos que admissões, com saldo negativo de 9.589 postos (-2,2%) e 1.875 postos (-0,6%), respectivamente.

Em termos relativos, os estados com maior variação na criação de empregos em relação ao estoque do mês anterior são Acre, com a abertura de 1.183 postos, aumento de 1,13%; Goiás, que criou 15.742 vagas (1,02%); e Piauí, com saldo positivo de 3.015 postos (0,86%).

Em termos absolutos, as unidades da federação com maior saldo no mês passado foram São Paulo, com 76.941 postos (0,6%); Minas Gerais, com 40.796 vagas criadas (0,9%); e Rio de Janeiro, com a geração de 22.466 postos (0,7%).