Com investimento de R$ 15 milhões, a empresa cearense lança a marca de joias Roma e aposta na produção no Interior de São Paulo, precisamente em Limeira, conhecida como capital nacional da joia folheada, onde será erguida fábrica com 7 mil m² de área construída e 600 mil peças fabricadas por mês.
A ideia é impulsionar o mercado de venda direta de acessórios no País. O empresário Henrique Lima lançou a Roma, com um perfil de mais de 30 anos de experiência como distribuidor de joias no Ceará e em Goiás. Ele já possuía 40 lojas e coordenava um time de mais de 5 mil revendedoras.
Marca própria
A decisão de lançar a marca própria surgiu no começo deste ano, com testes de mercado a partir de maio e utilizando, em sociedade, a estrutura de uma fábrica existente em Limeira. Agora, será construída uma nova fábrica, em terreno de 7 mil metros quadrados, o que ampliará a produção das atuais 200 mil peças por mês para 600 mil em seis meses, além de gerar 300 empregos diretos.
De acordo com Lima, a ideia da marca surgiu ao perceber que havia um nicho de mercado a ser ocupado, com peças de qualidade e custo acessível. Inicialmente, ele começou a fabricar as peças e testar com as revendedoras. A primeira joia foi um pingente de colibri, símbolo da Roma, e os pedidos foram aumentando, tanto quanto a aceitação do produto. Em dezembro, a marca foi oficialmente apresentada em um grande evento em Fortaleza, junto com o anúncio da ampliação da fábrica e do plano de negócios, que prevê 60 lojas físicas em cinco anos.
Além da venda direta, a Roma também terá lojas físicas, uma estratégia de negócio que, segundo Henrique Lima, já se comprovou ser bem sucedida. “A loja dá mais visibilidade ao produto, ajudando no trabalho das revendedoras”, explicou.
De acordo com o empresário, o diferencial está na quantidade de ouro no banho, que será maior do que a média, chegando a 15 milésimos, pedras selecionadas, e um preço de revenda até 30% menor. A coleção vai priorizar os modelos tradicionais, como alianças, cordões e pingentes, mas a empresa também terá uma linha autoral, com peças exclusivas desenhadas por designers contratados até no exterior.
Venda direta
Lima destaca a importância da venda direta na economia. Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Venda Direta (ABEVD), o setor movimentou em 2023 mais de R$ 8 bilhões somente no segmento de acessórios. Para o próximo ano, a perspectiva é crescer ainda mais.
“Nestas três décadas de trabalho com revendedoras, posso dizer que impactamos muitas vidas. Como distribuidor de joias folheadas em dois estados – Ceará e Goiás -, formamos um time de quase 100 mil representantes. A maioria são mulheres, que, graças à atividade, conseguiram sua independência financeira ou um complemento para a renda mensal, pagando a faculdade dos filhos, investindo na casa própria, entre diversos sonhos e projetos realizados. A Roma chega para fortalecer este mercado”, destaca o empresário.