Inflação de Fortaleza abre 2024 acima da média do País; maior do Nordeste em 12 meses

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Mesmo desacelerando a inflação da Capital cearense segue com maior impacto para o consumidor do que em várias áreas do Brasil. Os alimentos e bebidas, saúde e cuidados pessoais puxam os aumentos. Em 12 meses, Fortaleza tem a maior inflação da região Nordeste

O fortalezense continua lidando com altas sobre altas. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro foi de 0,68% na Região Metropolitana da Capital cearense, mesmo desacelerando (0,15 ponto percentual) ante a taxa de dezembro (0,83%), ainda é acima da média nacional 0,42% em janeiro. É a 3ª maior do ranking nordestino em janeiro, ficando atrás apenas de Aracaju (0,73%) e São Luís (1,10%), que liderou no País.

No acumulado

Nos últimos 12 meses, o IPCA de Fortaleza acumula alta de 4,69%, um pouco abaixo dos 4,88% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Está na Capital cearense neste acumulado a maior inflação do Nordeste Em janeiro de 2023, a variação havia sido de 0,86%.

O que subiu

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em janeiro. A maior variação (1,72%) e o maior impacto (0,41 p.p.) vieram do grupo Alimentação e bebidas, que acelerou em relação ao resultado de dezembro (1,20%). Na sequência, destaca-se a alta de Saúde e cuidados pessoais (1,34% e 0,18 p.p.).

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Alimentos puxam

O grupo Alimentação e bebidas registrou alta de 1,72% em janeiro, após subir 1,20% em dezembro. A alimentação no domicílio subiu 2,08%, influenciada pelas altas da cenoura (52,57%), da batata-inglesa (27,00%), do feijão-fradinho (13,15%), do arroz (5,99%) e das frutas (5,69%).

Em Saúde e cuidados pessoais (1,34%), os itens de higiene pessoal subiram 0,99%, influenciados pelas altas do produto para higiene bucal (1,37%) e do papel higiênico (0,92%). O plano de saúde (0,77%) e os produtos farmacêuticos (2,38%) também registraram alta em janeiro.

A alimentação fora do domicílio (0,57%) desacelerou em relação ao mês anterior (1,07%). Tanto o lanche (-0,07%) que apontou deflação, como a refeição (0,68%) que teve alta menos intensa que a registrada em dezembro (1,80% e 0,97%, respectivamente).

O que baixou

Por sua vez, o grupo Transportes registrou queda no índice de janeiro (-0,47% e -0,09 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o -0,61% de Vestuário e o 1,06% de Despesas pessoais.

No grupo Transportes (-0,47% e -0,09 p.p.), houve queda na passagem aérea (-17,15%). Em relação aos combustíveis (-0,03%), houve recuo nos preços do óleo diesel (-1,73%) e da gasolina (-0,02%), enquanto o gás veicular (4,92%) registrou alta.

INPC

O Índice de Preços ao Consumidor - INPC, na Região Metropolitana de Fortaleza, teve alta de 0,63% em janeiro, abaixo do registrado no mês anterior (0,83%). No ano, o INPC acumula alta de 0,63% e, nos últimos 12 meses, de 4,77%, abaixo dos 4,87% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2023, a taxa foi de 0,73%.

Dentre os grupos pesquisados no INPC, o de Transportes e o de Vestuário registraram o menor índice (-0,51%). Todos os demais grupos apresentaram altas: Alimentação e bebidas obteve o maior percentual (1,52%), seguido por Saúde e Cuidados Pessoais (1,27%), Despesas pessoais (0,98%), Artigos de residência (0,84%), Educação (0,54%), Comunicação (0,33%) e Habitação (0,27%).

No domicílio

No subgrupo Alimentação no domicílio o percentual foi de 1,80%, uma alta em relação ao mês anterior (1,39%). Os itens alimentícios que apresentaram o maior percentual fora a Batata-inglesa (27,00%), o Feijão - macáçar (fradinho) (13,15%) e a Laranja - pera (10,44%). Os menores percentuais foram registrados por Tomate (-7,86%), Fígado (-7,73%) e Acém (-5,28%). Já a Alimentação Fora do Domicílio teve alta de 0,59%, menor que o registrado em dezembro (1,07%).