Inflação oficial fecha 2022 em 5,76% em Fortaleza; no País em 5,79%

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Na Capital cearense, por exemplo, o consumidor experimentou elevação de 11,40% na alimentação no domicílio e de 9,76% nos alimentos e bebidas Foto: Agência Brasil

A inflação oficial do País, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou 2022 com uma taxa de 5,79% acumulada no ano. Em Fortaleza, o indicador ficou levemente abaixo, em 5,76%.

Pelo 2º ano consecutivo, a inflação está acima da meta. Entre 2019 e 2022, os preços ficaram 26,93% mais altos, período do governo Bolsonaro, onde o brasileiro viu seu poder de compra minguar.

Importante destacar que os índices refletem um conjunto de preços no total de 337 subitens, que só permitem ver a magnitude das altas de inflação quando olhados isoladamente.

O cidadão enfrentou e continua a se confrontar com elevados aumentos que obrigaram a reduzir a quantidade das compras, substituir produtos e deixou de ter acesso a outros.

Alimentação cara

Na Capital cearense, por exemplo, o consumidor experimentou elevação de 11,40% na alimentação no domicílio e de 9,76% nos alimentos e bebidas. Um peso concentrado nos itens de consumo básico e diário. 

Para citar mais alguns exemplos do que apertou ainda mais o orçamento, o fortalezense passou a adquirir em 2022 o pão francês 27,08% mais caro; leite em pó subiu 21,53% e o aluguel saltou residencial saltou 9,83%.

No País

O IPCA no País em 2022 ficou abaixo dos 10,06% acumulados em 2021, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entretanto, em 2021 a população viu a inflação disparar.

A inflação acumulada de 2022 foi puxada principalmente pelos alimentos e bebidas, que tiveram alta de preços de 11,64% no ano, acima dos 7,94% de 2021. Também tiveram impacto importante os gastos com saúde e cuidados pessoais, que ficaram 11,43% mais caros. O grupo de despesas vestuário, por sua vez, teve a maior variação no mês: 18,02%.

Transportes e comunicação

Os transportes ajudaram a frear o IPCA de 2022, ao registrar deflação (queda de preços) de 1,29% no ano. Esse grupo de despesas havia acumulado inflação de 21,03% no ano anterior.

O grupo comunicação também fechou o ano com deflação: -1,02%. Os demais grupos apresentaram as seguintes taxas de inflação no ano: artigos de residência (7,89%), despesas pessoais (7,77%), educação (7,48%) e habitação (0,07%).

Dezembro

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,62% em dezembro. A taxa ficou acima do 0,41% do mês anterior mas abaixo do 0,73% de dezembro de 2021. Em Fortaleza, o último mês do ano registrou IPCA de 0,61%

A maior alta de preços do mês veio do grupo saúde e cuidados pessoais (1,60%), que também teve o maior impacto na inflação oficial no período. Os itens com maior impacto nesse grupo foram produtos de higiene pessoal (3,65%), em especial os perfumes que, com uma alta de 9,02% tiveram o maior impacto individual no IPCA.

Com uma inflação de 0,66%, os alimentos e bebidas tiveram o segundo maior impacto na inflação oficial de dezembro, puxados pelas altas de preços de produtos como tomate (14,17%), feijão-carioca (7,37%), cebola (4,56%) e arroz (3,77%).

Combustíveis

Nenhum grupo de despesas apresentou queda de preços no mês. Mas grupos como transporte e habitação tiveram mais baixas que em novembro. Os transportes tiveram taxa de 0,21% em dezembro, abaixo do 0,83% de novembro, devido às quedas de preços da gasolina (1,04%), óleo diesel (2,07%) e gás veicular (0,45%).

As altas de preços do etanol (0,48%), das passagens aéreas (0,89%) e dos pedágios (3%) mantiveram os transportes com inflação. Habitação passou de 0,51% em novembro para 0,20% em dezembro, devido às altas menos intensas, em dezembro, de itens como aluguel residencial (0,40%) e energia elétrica residencial (0,20%).

O que mais pesou no bolso do brasileiro (%)

Cebola – 130,14
Inhame – 62,96
Maçã – 52,03
Batata-inglesa – 51,92
Alimento infantil – 42,14
Farinha de mandioca – 38,56
Tangerina – 36,28
Leite condensado – 35,75
Milho em grão – 35,24
Melão – 34,84

O que subiu menos mas também pesou (%)

Gasolina – -25,78
Etanol – -25,42
Energia elétrica residencial – -19,01
Abacate – -12,36
Acesso à internet – -12,09
Videogame (console) – -11,47
Filé-mignon – -10,72
Abobrinha – -10,55
Carne de carneiro – -10,32
Aluguel de veículo – -10,24

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