Cesta básica 12,94% mais cara para o fortalezense em 2022

cesta
Os vilões dos preços no acumulado de 12 meses na Capital cearense foram a farinha (51,17%), o leite (32,03%) e a banana (29,25%) e somente em dezembro, a alta de preços foi de 3,70%

O fortalezense terminou o ano amargando uma alta no ano nos preços de itens básicos que vão à mesa todos os dias da ordem de 12,94%, enquanto a inflação oficial pelo IPCA-e fechou em 5,85%.
No semestre, de acordo com o Dieese, houve deflação de -0,46%. 

Campeões de alta

Os vilões dos preços no acumulado de 12 meses foram a farinha (51,17%), o leite (32,03%) e a banana (29,25%). Dentre os produtos que compõem a cesta básica, o único item a apresentar redução no preço foi o tomate (-5,11%).

Dezembro

Em dezembro de 2022, o conjunto dos 12 produtos que compõem a cesta básica de Fortaleza registrou uma inflação de 3,70%. A alta nos preços de 11 dos doze produtos da cesta básica fez com que um trabalhador para adquirir os produtos, respeitadas as quantidades definidas para a composição da cesta, tivesse que desembolsar R$ 653,99. 

Considerando o valor e tomando como base o salário mínimo vigente de R$ 1.212,00 (valor correspondente a uma jornada mensal de
trabalho de 220 horas), pode-se dizer que o trabalhador teve que despender 118h e 93
minutos de sua jornada de trabalho mensal para essa finalidade. Lembrando que o novo mínimo é de R$ 1.320,00, mas ainda não começou a ser pago.

O gasto com alimentação de uma família padrão (2 adultos e 2 crianças) foi de R$ 1.961,97. Comparando o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador fortalezense remunerado pelo piso nacional comprometeu, em dezembro de 2022, 58,33% do seu salário para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.

Aumentos de dezembro

A inflação nos preços da cesta básica foi influenciada pela alta nos preços de onze produtos da cesta, dentre eles, destacam-se: o tomate (24,40%), a farinha (7,72%) e o arroz (5,95%). O único produto a registrar baixa em seu preço foi o leite (-2,73%).